Tampouco
Quando eu nasci, nasci pássaro e peixe e tigre e cisne e gazela. Nasci água e correnteza e música e ventania. Nasci Outono e Primavera . Nasci amanhecer e lua cheia. Nasci mar e maré que vai e vem.
Porém, cortaram-me as asas, secaram-me os rios. Vedaram-me os campos e as florestas. Afastaram-me as águas de marés cheias. Aprisionaram-me a alma, esvaziaram-ma em invernos desertos cegos de lua, paralizados de frio.
Emudecido o silêncio, nada restará. Nem pássaro, nem peixe, nem tigre, nem cisne, nem gazela. Tampouco eu. Só ausência e quem sabe, paz.
Etiquetas: Memórias
7 Comentários:
Qual quê???
Com as asas da tua imaginação abarcas o Mundo!
Tampouco?
TANNNNNNNNTO!
;)
(Lindo o texto!)
Quem assim escreve, não tem a ALMA aprisionada e muito menos esvaziada! Existe e faz nascer (e renascer!), um grande amor pelas palavras. Têm tanta FORÇA!!!
Maria Ana
LINDAS AS TUAS PALAVRAS!!
Revi-me nelas...
...mas uma força da natureza como
tu há-de renascer das cinzas tal como a Fénix!
Parabéns pelo Blog!
A minha visita é um dos poucos momentos de paz do meu dia-a-dia...
Fiquei emocionada com as palavras de apreço carregadas de carinho que aqui me foram deixadas.
Fiquei reconfortada, ao saber que alguém lê o que vou registando (de minha autoria ou de autores diversos) e que, ao ler, encontra momentos de serenidade, de reflexão e de prazer. Tal facto torna este meu blog mais válido!
Obrigada a todos.
Encontrei, "Banalidades" no blog da Carolina.
Vim visitá-la.
Gostei!
Vou voltar...
Pois é, Teresinha : Banalidades muito pouco banais!...
Estou certa que concordas comigo!
;)
adorei este texto como todos os outros que aqui es´~ao expostos...sempre a achei uma pessoa espectacular!nao deixe de por os seus textos magnificos no blog!!!beijinho
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