O Amor
Dantes escrevia poemas de amor. Para viver com o amor nos poemas, sempre. Depois, disseram-me que já toda a gente o fez, que nada mais havia a escrever sobre o amor. Que o amor já estava em demasiados poemas. Eu aceitei o conselho e passsei a escrever poemas de morte. Escrevi muitos poemas sobre o meu pai, até ao dia em que percebi que a morte é sinónimo de amor, como tudo é sinónimo do amor. E voltei a escrever o que nada mais havia a dizer. Porque até o poema é sinónimo do amor.
Jorge Reis-Sá
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