sábado, 11 de julho de 2009

Esperanças

Vieram mudanças e vieram as esperanças!
Então,vou apertar nós, despir caminhos, carpir palavras, desescrever ilusões
olhar céus, contemplar nuvens e ventos,
crescer nas marés, mergulhar em ondas vagas
soltar, das mãos cheias, o buquê azul de hortênsias vivas...
Agora, aquecer as mãos que, num antigo entardecer,
se soltavam de anseios;
Agora, tecer nos dedos mil remoinhos
desse mar que invade e refresca.
Quem sabe o que reservam os dias que hão-de vir,
se em si preservam o ardor ou, se qual moinhos,
lançam desafios de sonhadas velas?
E os restos do que foi felicidade porque também a houve,
que esse mesmo mar os trague em suas rebentações brancas.
Melhor assim.

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7 Comentários:

Blogger leo disse...

olá,
amo esses teus desatinos.
bjs

12 de julho de 2009 às 13:00  
Blogger Sentidamente disse...

Este comentário foi removido pelo autor.

13 de julho de 2009 às 14:17  
Blogger Sentidamente disse...

Não fora a esperança:
E o negro cairia de vez sobre os meus olhos;
E o marasmo me tolheria os passos;
E os dias ganhariam o bolor do tédio;
E a vontade sucumbiria, apodrecida…

A esperança, amarra-me implacavelmente à vida.
A esperança justifica o desejar do amanhã.
Pela esperança, sou agora e serei sempre!
Pois se esta se apagar, acenderei outra.

13 de julho de 2009 às 14:29  
Blogger Carolina disse...

"(...)Nenhum mar lavará o nojo do seu rosto
As imagens são eternas e precisas
Em vão chamará pelo vento
Que a direito corre pelas prais lisas (...)"
(Da SOPHIA)

16 de julho de 2009 às 05:11  
Blogger Carolina disse...

(Quis dizer, "praias")

16 de julho de 2009 às 05:12  
Anonymous Anónimo disse...

Filipe disse...

Eco

Vagas são as promessas e ao longe,
muito longe, uma estrela.

Cruel foi sempre o seu fulgor:
Sonâmbulas cidades, ruas íngremes,
passos que dei sem onde.

Era esse o meu reino e era talvez essa
a voz da própria lua.
Aí ficou gravada a minha sede.
Aí deixei que o fogo me beijasse
pela primeira vez.

Agora tenho as mãos vazias,
regresso e sei que nada me pertence
- nenhum gesto do céu ou da terra.
Apenas o rumor de breves sombras
e um nome já incerto que por mágoa
não consigo esquecer.


"Fernando Pinto do Amaral"

16 de julho de 2009 às 16:33  
Blogger Jelicopedres disse...

De férias, Fátima?
Ou ainda não terminou a sua missão deste ano lectivo?!...
Bj. para si e para a mãe.


«Tudo se realizará»
Dizem as ondas ao
duro litoral.

Pablo Neruda

27 de julho de 2009 às 16:27  

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