A Viagem do Elefante
Em meados do século XVI o rei D. João III oferece a seu primo, o arquiduque Maximiliano da Áustria, genro do imperador Carlos V, um elefante indiano que há dois anos se encontra em Belém, vindo da Índia.
Do facto histórico que foi essa oferta não abundam os testemunhos. Mas há alguns. Com base nesses escassos elementos, e sobretudo com uma poderosa imaginação de ficcionista que já nos deu obras-primas como Memorial do Convento ou O Ano da Morte de Ricardo Reis, José Saramago coloca agora nas mãos dos leitores esta obra excepcional que é A Viagem do Elefante.
Neste livro, escrito em condições de saúde muito precárias não sabemos o que mais admirar - o estilo pessoal do autor exercido ao nível das suas melhores obras; uma combinação de personagens reais e inventadas que nos faz viver simultaneamente na realidade e na ficção; um olhar sobre a humanidade em que a ironia e o sarcasmo, marcas da lucidez implacável do autor, se combinam com a compaixão solidária com que o autor observa as fraquezas humanas.
Escrita dez anos após a atribuição do Prémio Nobel, A Viagem do Elefante mostra-nos um Saramago em todo o seu esplendor literário.
Não deixe de ler. Eu já li e adorei!Etiquetas: Sinopse
5 Comentários:
eu estou a ler devagar, a deglutir cada palavra como quem bebe um vinho amadurecido em casca de carvalho.
bjs minha querida e doce amiga.
bem-hajas por existires
Vai ser "O" presente de Natal para o meu filhote, para quem o autor é O MAIOR...
Viste a entrevista na SIC com o Mário Crespo? Muito bom mesmo.
Na última 4ª feira houve também um trabalho sobre ele na RTP, só vi um pedacinho (reunião do CP até às tantas). Fartei-me de rir quando ele disse que se ao Cavaco foi atribuído o doutoramento em literatura na Índia, então ele (Saramago), é Doutor em medicina!Eh eh eh..
Bjinhos
Maria Ana
Ainda não li, Fátima!
Vou aproveitar a sua sugestão, já que, ainda ontem estive com ele na mão na Feira do Livro na nossa Biblioteca, Manuel do Tojal, em Vila Nova de Santo André.
Um beijinho e obrigada.
O camarada José Saramago é um portento, uma jangada de pedra, um verdadeiro "Estaline das Letras". A fidelidade aos seus princípios fez com que resistisse sempre à herege tentação de entrar num McDonald's ,e, se atafulhasse num hambúrguer. Longa, longa vida ao "Timoneiro das Letras", José Saramago. E, desenganem-se os escritores capitalistas portugueses, pois nunca hão-de conseguir o Nobel Literatura sem a sua bênção, palavra de comunista.
Tenciono comprar o livro, estava só a ver se me caía no "sapatinho"
Interessou-me o tema e a dedicatória. "A Pilar, que não me deixou morrer".
Que mais não fosse por esta frase, merece ser lido.
Comprei «As Intermitências da Morte», porque a dedicartória me encantou: "A Pilar, minha casa".
E gostei muito do livro.
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