quarta-feira, 28 de maio de 2008

As mulheres do meu Pai




"Acordei suspenso numa luz oblíqua. Sonhava com Laurentina. Ela conversava com o pai, o qual vá-se lá saber porquê, tinha a cara do Nelson Mandela. Era o Nelson Mandela, e era o pai dela, e no meu sonho tudo isso parecia absolutamente natural. Estavam sentados ao redor duma mesa de madeira escura, numa cozinha idêntica em tudo à do meu apartamento na Lapa, em Lisboa. Sonhei também com uma frase. Acontece-me frequentemente. Eis a frase:
- De quantas verdades se faz uma mentira?"

in AS MULHERES DO MEU PAI, José Eduardo Agualusa






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1 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Não sei de quantas verdades se faz uma mentira... mas sei que um dos confortos do sonho reside no facto de, apesar de muitas vezes conter imagens, pessoas, acontecimentos reais, é ficção. Se for mau, acordamos com o alívio de ter sido só um pesadelo; se for bom, acordamos muito mais bem dispostos! Às vezes, dizem alguns, sonhar é uma das formas que o nosso cérebro tem de nos ajudar a resolver alguns problemas... ainda que por enigmas. A chatice é que não conseguimos recordar a maior parte deles! Ora, abóbora!

28 de maio de 2008 às 12:50  

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