quarta-feira, 18 de março de 2009

Impossibilidades

Uma escuridão por detrás dos olhos,
Uma ausência por detrás das palavras,
Um fraquejar por detrás dos emoções,
Um marasmo por detrás dos desejos,
Um arrefecimento por detrás dos sorrisos.
Uma incapacidade de tudo em tudo,
Uma impossibilidade velada e nítida,
Como se a hora se tivesse esgotado inutilmente.
No entanto, o dia é azul e claro e cantam aves,
Acordando, em mim, ecos de sonoridades,
Subtilmente, quase sem me aperceber...

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1 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Quando tudo parece escuro, quando nada mais move a vontade, quando se caiu na letargia duma espera indefinida, num desencanto de “ser eu”, eis senão quando, uma luz, a princípio muito ténue, vai clareando e anunciando que afinal “se está vivo”.
Não posso passar por este poema sem dizer o quanto é belo! Uma perfeita referência ao desencanto pela vida, sacudido por um chamamento.

O estar vivo, é algo de supremo e maravilhoso, independentemente da coragem e força que se tem para viver em pleno. Talvez seja a consciência disso que em casos extremos, acende uma luz intermitente e faz o aviso. Lembrei-me daqueles que vão ao “fundo do poço” e só nessa altura têm coragem de recomeçar a viver.
Beijinhos e até sempre

20 de março de 2009 às 15:56  

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