sábado, 14 de fevereiro de 2009

Amor

Tira-me a luz dos olhos: continuarei a ver-te...
Tapa-me os ouvidos: continuarei a ouvir-te...
E embora sem pés caminharei para ti...
E já sem boca poderei ainda convocar-te.
Arranca-me os braços: continuarei abraçando-te
Com o meu coração como com a mão...
Arranca-me o coração: ficará o cérebro,
E se o cérebro me incendiares também por fim,
Hei-de então levar-te no meu sangue.
Rainer Maria Rilke, Cartas a um Jovem Poeta

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3 Comentários:

Blogger Jelicopedres disse...

O AMOR, É ISSO!...

15 de fevereiro de 2009 às 14:34  
Anonymous Anónimo disse...

Filipe diz..
Amor é perder o cérebro e ganhar o coração. Errar é Amor...

15 de fevereiro de 2009 às 16:36  
Blogger Carolina disse...

Também tenho esse livro. Acho-o muito interessante.
Por vezes vou consultá-lo para... aprender a ser poeta! O pior é que isso não é coisa que se aprenda. Nasce connosco, isto é, nasceu contigo amiga Fata!
Mas... parece-me que és mais poeta AGORA, do que no tempo em que, ao veres um carro de luxo, me repetias no autocarro que nos levava para a Faculdade :
- Carolina, ainda vou ter um carrão daqueles!
Tiveste?
E isso é importante agora???
Um bjh para ti POETA!

20 de fevereiro de 2009 às 09:09  

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