Saudade
Antes de partires
Já a saudade existe.
Nos vidros nublados da janela.
E do dia da vida.
O céu se acinzenta.
Os pássaros silenciam-se no arvoredo.
A mim, talvez se me embranqueçam mais depressa os cabelos,
Talvez um milímetro a menos se me alargue o sorriso.
Talvez escreva um poema inútil,
Nesta madrugada dorida
De um Fevereiro
Que é separação, solidão e não vida!
Etiquetas: Desatinos
9 Comentários:
Fiquei a pensar que por vezes se pressente a eminência dum acontecimento não desejado. Contudo, nada mais fazemos do que reconhecer e antecipar o sofrimento... Porquê? Falta de coragem para uma luta derradeira ou o reconhecimento de que a causa está perdida?
Obrigada Fátima! Por nos trazer tão bela escrita.
Filipe disse...
Nada te posso dar, nada posso dar a ninguém enquanto a minha vida for este enxoválho permanente.
O meu coração, cada vez mais duro, espera pelo dia em possa voltar a ser amigo dos Amigos.
Um enorme abraço, um voto fervoroso de que não te falte presença de espírito e serenidade para estes momentos e a promessa de que estarei contigo como estiveste comigo quando precisei.
Bjos,
Manuela Pires
Um poema nunca será inútil, se através dele conseguirmos "gritar", tudo o que nos vai na alma...
Um abraço para a Fátima.
Queridos amigos visitantes!
Estou-lhes grata pela atenção, pela consideração, pelo ânimo que aqui me devotam!
Há sempre acontecimentos que movem a vida e, por vezes, são devastadores, conducentes à desarmonia; outros, felizmente, trazem a esperança de um tempo de bonança.
Há muito que espero este tempo de acalmia e de esperança.
Entretanto, vou fazendo o que posso, sorrindo e atirando os olhos às estrelas!
Jinhos para todos vocês!
Gostei muito do seu blogger,já me tinham falado agora vou a começar cá vir ver, e esse poema é lindo eu tenho muitos dias assim de muita solidão e muitas saudades ,um abraço.
Saudade
um navio
que não tem voltar
poente
de um sol
mãos a acenar...
(princípio de um poema desta tua amiga, mas de cor não sei o resto.)
;)))
Mas... ó Valha-me Deus, que desesperança é essa??
E o pôr-do-sol??? Se não estou enganada da tua janela podes espreitá-lo, espraiando-se nos mares de Santo André!
;))
Por que será que, por vezes, sentimos saudades daqueles que ainda não partiram ou daquilo que ainda não acabou?...
De tão emaranhados que estamos nesse sentimento, esquecemo-nos de viver o dia-a-dia, de tal forma temos os olhos postos nesse derradeiro momento em já não poderemos voltar atrás...
Ah! Raça de Portugueses!!
Às vezes só quero ser Alberto Caeiro!!
Kat
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