Renúncia
Nestes dias de chuva fechada
Aqui, no casúlo deste lar antigo
Cinjo-me de silêncio, de castigo.
Então, como uma estampa de mim
Mergulho na bruma perfumada
Do meu abismo interior sem fim.
Recuso-me à voz clamada.
Dispenso as palavras, o grito.
Enclausuro-me no desejo de ser
Intensamente sem me dar a conhecer.
Só à poesia, só à música permito, muda,
Decifrar-me enquanto a vida se me desnuda...
Etiquetas: Desabafos
5 Comentários:
É precisamente num desses momentos que dou por mim a ler a tão bela poesia que aqui nos deixou, e que sinto como tão decifradora de mim mesmo e do que sinto.
Obrigado.
Obrigado a si pela poesia, e obrigado ao António Zambujo que oiço, agora mesmo, em som de fundo cantando o sublime fado "Trago Alentejo na voz".
Chuva abençoada!
Nem que fosse só porque a inspirou a escrever deste modo...
Como está Fátima, e a mãe, melhorzinha?
De coração, espero que sim!
Beijinho para as duas e continue a fortalecer-se.
Teresinha
Este comentário foi removido pelo autor.
No meu blogue existe um selo para você, e deixe-me dizer que é uma poetisa exímia :)
Um abracinho muito grande;já tinha saudades de viajar por "Banalidades" e ainda bem que a chuva lhe trouxe estes momentos tão cheios de poesia e música para nos deliciar.
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