sábado, 8 de maio de 2010

Silêncio

Hoje o silêncio é de lua cor-de-romã madura
À janela de uma cantiga medieval cantada em provençal
Ou em plangente galaico-português
Ou numa qualquer outra língua romance
Feita de vento brincando nos galhos de pino verde,
Feita de meninhas louçanas em alvoroço,
Na beira das praias, nas fontes e nas ermidas solitárias...
No silêncio de abismos escondidos nas pregas dos vestidos
E nas mãos acarinhando do amado o corpo nu e ausente;
No silêncio de noite fria que se alonga e se escusa à madrugada,
Nada existe para além de mim sentada e só como sempre.

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4 Comentários:

Blogger Carolina disse...

Quem sou eu
assim perdida
envolvida nesta bruma
Sou alguém que se perdeu
Serei outra
ou nenhuma?...

10 de maio de 2010 às 11:25  
Blogger Sentidamente disse...

Quando o silêncio é tanta coisa, não se está só! Quanto existe lá dentro! Sabedoria, experiência, sensibilidade, arte de dizer e quanto mais!
Beijinho

10 de maio de 2010 às 14:26  
Blogger Carla Guiomar disse...

E diz um antigo provérbio chinês, que enquanto mantivermos um raminho verde no coração, a ave que canta virá pousar... E que bem que canta, minha amiga... Um Beijo...

10 de maio de 2010 às 17:34  
Blogger O céu da Céu disse...

Que bom o "silêncio"!
Eu sinto que o silêncio é uma companhia para mim...vejo, revejo, sonho, escuto, medito.E gostava de traduzir em palavras escritas o que sinto , mas não sei.
Por isso fico sempre deliciada com a poesia da minha amiga. BJS

18 de maio de 2010 às 15:12  

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