sábado, 5 de junho de 2010

Exiguidades

Eu tenho a forma, mas não sou gente
Eu tenho a força, mas não tenho raça
Eu tenho intenções, mas não tenho concretizações
Eu tenho humor, mas não tenho graça
Eu tenho palavras, mas não tenho paixões
Eu sou temporal, mas apenas breve chuvisco
Eu sou ridícula, mas não desisto!
Eu sou a farsa, a fantasia de uma quimera
Solta sem rédeas no vento que passa
No desejo do quem me dera!

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3 Comentários:

Blogger O céu da Céu disse...

Saudades de "Banalidades"...ainda bem que chegou. É tão bom ler estes poemas, que nos levam a sentir e a tentar decifrar o que vai na alma de quem está no outro lado da escrita.Bj grande

6 de junho de 2010 às 11:14  
Blogger Sentidamente disse...

Para mim, este lindo poema, traduz a insatisfação tão comum na alma humana. Faz-me pensar na distância, sempre (?) existente, entre o querer e o ser, o sonhar e o concretizar. A angústia vem do reparar nessa diferença. Quem não se interroga não se sente inquieto.
Como disse Mário de Sá Carneiro:
“ Um pouco mais de sol eu era brasa .
Um pouco mais de azul eu era além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa …
Se ao menos eu permanecesse aquém…”
beijinho

6 de junho de 2010 às 16:11  
Blogger Eduardo Miguel Pereira disse...

Eu tenho ... a sorte de a ter tido como Professora e de a ter reencontrado aqui.
Que belo poema.

11 de junho de 2010 às 14:22  

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