quinta-feira, 26 de agosto de 2010

E...

E se, finalmente saltasse depois que se fizesse o silêncio
Que decorre da decisão final e única
E fosse tão densa e espessa a solidão como uma rede
Que me envolvesse e me embalasse,
Encontraria algum remoto conforto e alguma provável paz?
Perco-me antes perplexa neste baile de máscaras.
Sou única face única entre tantas iguais.
Afinal quem sou eu? Nada.
E tu? Apenas um vago vazio na alma.

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2 Comentários:

Blogger Carolina disse...

Coloca uma máscara que oculte a tristeza,
Um sorriso que mostre certeza,
Disfarce que pare a ansiedade.
Coloca um olhar que esconda a verdade,
Coloca uma máscara que te dê cor,
Que te facilite o caminho.
Acalme o tremor.
Que se cole a ti e adoce um sorriso definitivo.
Outro eu vivo.

(DO blog: Poemas Desarrumados)

1 de setembro de 2010 às 06:32  
Blogger Sentidamente disse...

Mesmo que não reine o silêncio, a solidão existe sempre porque algo há na nossa individualidade que assim o determina.

Por vezes, amarga a pequenez dessa partícula tão separada de tudo o mais…

Mas a sensação de que é nosso esse bocadinho e que podemos fazer dele o que quisermos e depois dá-lo em partilha com os outros, engrandece-nos.

Assim, nunca seremos nada e os outros não serão vazios dentro de nós.

Beijinho

2 de setembro de 2010 às 14:52  

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