Desencanto

Falo-te da chuva como quem te diz que as minhas mãos
Não conseguem já trespassar-te o peito
Contemplo o verde dos prados extensos
Após ter aberto a janela sem pressas sobre a tarde.
Depois de olhar vago e sem luz
Falo-te do cansaço como que se sentada
Numa imensa poltrona de cinza
Talvez a culpa seja desta tarde sem pássaros
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