quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Tarde

Resta um pouco de luz longe de mim...
Pouco há nesse entardecer povoado de lembranças,
nem sequer o desejo de voltar.
Todavia, faz-se tarde, a noite já se estende até à porta.
Os caminhos - todos os caminhos - se emaranharam
em impossíveis labirintos.
Já não há de onde partir
tampouco aonde chegar.
Ali.
Eu.

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sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Beijo

Ainda o calor de um sol que escalda. Depois, um céu, que contém o rosa e o violeta Sem a menor subtileza neste final de tarde, Amordaça-me e embala-me o olhar. E enquanto a boca e os olhos, em silêncio, Se abandonam num extase, O poema faz-se quase de soslaio e escapa-se-me Como um beijo antigo esquecido nas pontas dos meus dedos.

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quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Labirinto

Olho a distância parada
na quietude da minha velhice que chega.
Esfinge de mim mesma
proponho-me o maior de todos os enigmas:
-Quem sou eu?
Ressoam risos de pedra.
As milenares faces das estátuas
contorcem-se num imperceptível ricto!
E eu, perdida nos recônditos
dos meus próprios labirintos,
não consigo a mim me responder.

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