sábado, 27 de março de 2010

Para Sempre

“Eu gostava e acordar em cada dia e ter a minha mãe ao meu lado. E o meu pai. E a minha avó. E todas as pessoas de que eu gosto. Mas alguns já se foram embora. Para sempre. E isso deixa-me confuso. Porque para sempre é muito tempo. Eu consigo perceber o que é uma hora. Percebo dez minutos. Percebo dez segundos que é uma medida de tempo que uma pessoa começa a dizer e já passou. E percebo um dia ou uma semana. Mas para sempre é tão difícil de perceber… Um dia, o meu pai foi-se embora para sempre. E eu esqueci-me de lhe dizer uma coisa. Nem sei bem que coisa era. Só sei que esta coisa que eu queria dizer ficou-me entalada na garganta para sempre.”
in Diário Inventado de um Menino já Crescido, de José Fanha

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domingo, 21 de março de 2010

Crença

Tenho esta crença crescente.
Pensar em ti no meu pensar primeiro e também no derradeiro.
Entrementes, procurar-te ao meio-dia
E, de novo, ao entardecer do mesmo dia.
Quero-te mais ainda, se à noitinha,
Uma lua branca se aventura pela minguante madrugada.
Incessantemente, acontece-me pensar em ti,
Assim, em cada instante breve e meu,
Magoado ou não, mais e mais, a ti, me entrego,
Numa doce e tranquila servidão.
Não, meu amor, não és tu
Que tanto me arrebatas, insanamente,
Mas a Poesia!

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domingo, 14 de março de 2010

Mulher

"Cuida-te, quando fazes chorar uma mulher, pois Deus conta as suas lágrimas. A mulher foi feita da costela do homem, não dos pés para ser pisada, nem da cabeça para ser superior, mas sim do lado para ser igual... debaixo do braço para ser protegida e do lado do coração para ser amada!"
do Talmude

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quarta-feira, 10 de março de 2010

Recompensa

«Sonho por vezes que, quando o dia do juízo chegar e os grandes conquistadores, advogados e estadistas vierem receber as suas recompensas – coroas, louros, nomes gravados indelevelmente em mármore imperecível -, o Todo-Poderoso se voltará para S. Pedro e dirá, não sem uma certa inveja, quando nos vir chegar com os nossos livros debaixo dos braços: — Olhai, estes não precisam de recompensa. Nada temos para lhes dar. Eles amaram a leitura ."
Virginia Woolf

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domingo, 7 de março de 2010

Fénix

Desejos de um novo mundo...
Voem os peixes sobre as árvores frondosas .
Ergam os ninhos os pássaros no escuro profundo do oceano.
Teça o vento tempestades de estrelas.
Derramem e derretam vulcões todo o deserto.
Salgue o sangue o que era rio.
Nenhuma vida rebente no que era terra.
Até que em frio se faça o quente.
Até que o que era consciência seja mistela elementar.
Até que um qualquer deus desperte e o ciclo recomece .

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