quinta-feira, 26 de agosto de 2010

E...

E se, finalmente saltasse depois que se fizesse o silêncio
Que decorre da decisão final e única
E fosse tão densa e espessa a solidão como uma rede
Que me envolvesse e me embalasse,
Encontraria algum remoto conforto e alguma provável paz?
Perco-me antes perplexa neste baile de máscaras.
Sou única face única entre tantas iguais.
Afinal quem sou eu? Nada.
E tu? Apenas um vago vazio na alma.

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domingo, 15 de agosto de 2010

Subtilezas

Em Agosto a gosto
Mais profundos são os silêncios dos Domingos.
São mais perigosos densos e muito mais intensos
Nos escaldantes meses orgulhosos de Verão
Em que se persiste na obrigação de ser feliz.
A mim, encantam-me as manhãs silenciosas de Setembro
Repletas de cachos de uvas, peras maduras,
Salpicos suaves de chuva...
E esse cheiro de nostalgia que é do ano inteiro.

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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Epigrama

Os rouxinóis, que aqui andar a esvoaçar
São de papel de crepe: sempre coloridos.
As nuvens, de claras batidas com açúcar.
E eu? De cinza espalhada pelo bafo de ventos já idos.

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terça-feira, 3 de agosto de 2010

Desilusão

São mais de mil e quinhentos pedaços espalhados pela vida fora
Desde a cama até a mesa feitos retalhos de mim,
Desinventados , desiludidos, perdidos no caos
Cristalino do espelho da amizade
Partido em mais de mil e quinhentos pedaços...

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