terça-feira, 31 de maio de 2011

Desencanto

Num sentimentalismo barato
Falo-te da chuva como quem te diz que as minhas mãos
Não conseguem já trespassar-te o peito
Contemplo o verde dos prados extensos
Após ter aberto a janela sem pressas sobre a tarde.
Depois de olhar vago e sem luz
Falo-te do cansaço como que se sentada
Numa imensa poltrona de cinza
Talvez a culpa seja desta tarde sem pássaros

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domingo, 22 de maio de 2011

Réstia

Hoje, deu-me para pensar
Assim largados num canto do armário
A salvo de olhares vazios saudosos de pés
Os sapatos encerram a sombra dos passos
Da minha vida esculpida no pó dos caminhos

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sábado, 14 de maio de 2011

Agressão

É essa palavra variada
Escorregadia, perversa
Imperfeita e multiforme
Que eu só sei dizer
- Canteiro de hortênsias - azuis
Prenhas de espinhos.

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domingo, 1 de maio de 2011

Mãe

Quem me dera pequena, aninhada no teu colo
No calor do teu corpo, no ardor do teu amor!
Quem me dera, segura pela tua mão
Quando, ao Domingo, sem temor
Passeávamos juntas na beira-mar...
Na beira do ser, nas alegrias e nas dores
Sempre tu e eu, repartidas e unidas
Sempre, sempre, nunca e nunca
Separadas, embaraçadas pelas nossas vidas!

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