Foram, supostamente, subtis as vozes...
Ela tinha dito não ser capaz.
Não aos domínios, aos objectivos, às estratégias e às grandes metas!
Ela tinha a certeza de que tudo seria para desmontar,
Rolar como cabeças num cadafalso...
Como a sua própria cabeça.
Escutou um gargalhar leve, mas firme, cheio de prazer!
Viu, no olhar canino de todos ,
O apetite sábio deste osso que mais ninguém roeu...
Ela baixou a cabeça e fechou-se à raiva.
Sentiu e soube das falhas, dos erros, dos excessos e das confusões...
Admitiu.
Na máscara do sorriso que se quer para tudo na vida
Diluiu a angústia que a minou como uma doença perversa.
Não dormiu.
Maquinou como maquinaram tudo o mais.
Cavalgada de febre, de náusea de si própria.
Exposta, sente-se vazia, transparente, inútil, incompetente!
É a humilhação que queima, dilacera, derruba...
Nesse mar enorme de desesperanças, pretende apagar-se.
Ser nada.
Mais nada.