sábado, 25 de setembro de 2010

Exclusão

Após a inquieta turbulência,
Exausta, deito-me à margem do dia
Sem viço, sem cor, sem ninguém...
E sonho alheios sonhos d' além
Disfóricos, antigos, sem nexo,
Teias tecidas , sem reflexo.

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domingo, 12 de setembro de 2010

Sina

Pouco vale o que eu escreva
Pouco importa o que eu invente.
Nasci a contragosto...
Tenho sina de oposto;
Já meu próprio sim me desmente.
A quem eu amo está ausente.
Quem me quer é sem carinho.
Dou uma flor, recebo um espinho.
O amor chega rindo e me invade
Mas mente e fere devagarinho.
No meu lado esquerdo, coitado,
O meu coração está quebrado.
Ora, ora ele que se cole sozinho!

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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Contrariedade

Ai este sol de Verão persistente!
Ai esta calma passageira da manhã !
Ai este azul esbranquiçado das ondas!
Ai este pô-de-sol tão morno!
Quero-me pássaro!
E tenho os pés enraizados neste chão.

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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Ternuras

Enquanto me estreitas, escuto o teu coração.
Que me fala de cansaço.
Algumas dores.
Pequenos prazeres.
Os cravos abertos na manhã.
Fala-me da dor súbita, fixa no pé.
De outra fixa no peito que não é.
De histórias cor de romã.
De estradas desertas na noite.
Aponta-me estrelas.
Às vezes, a lua alta e redonda.
Escutamos música numa onda.
Descobre-me amores sonhados, vividos.
Alguns perdidos, vidros partidos.
O teu braço frágil envolve-me.
Adormeço suavemente.
E é como se o teu coração apenas falasse de nós.
Dos sonhos que se escondem no avesso dos teus olhos.

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